quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Oposto

É como de tudo movesse ao contrario do que se espera


para o lado oposto

oposto à razão, inerte, torpe, oco



A espera masca as carnes

Desaparta o sangue frio

Destrói os caminhos

Essa demora incontrolável

Provoca náuseas

A mente ultrapassa o reconhecível

Delírios e alucinações desafiam a lógica



Eis então, estúpida, a realidade

Tantos sonhos em vão

Esperanças infundadas

E a certeza se esvaindo Por entre os dedos



A busca insaciável é quebrada, destruída

Como folha seca no outono

A ilusão de uma verdade

É estourada como bolhas de cachoeira

Essa agulha pontiaguda, destruidora de planos e sonhos,

Essa coisa nociva, margem, limite e abismo: teu não

Nenhum comentário:

Postar um comentário