quarta-feira, 11 de agosto de 2010

É tanto para se dizer,


Inúmeras peripécias,

Infinitas lamentações,

Arrependimentos...



Eu queria ser um vírus

Uma bactéria de mim mesmo

Penetrar em minha mente

E desligar os fios de minha consciência



Viajar nos meus pensamentos,

Não nos devaneios,

Mas nos fluxos de minhas razões

E sabotar o meu feitio.



Desligar-me da realidade,

Fazer-me fluir sem pensar,

Agir pela instantaneidade

E não pensar nas conseqüências.



Evaporar de mim a espera,

Essa que nos faz desacreditar do mundo,

Esvair-me de qualquer remorso,

Deixar de crer que o homem,

É um ser medíocre, vazio, torpe.

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