quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Nossas uniões se transformam entre si, numa grande satisfação para nosso ego, envolvendo cada um de nós em grandes alegrias. Nossas diferenças, entre tanto, não são capazes de separar aqueles que buscam a paz em cada instante vivido. É importante se sobressair das armadilhas causadas pelo nosso orgulho. O coração deve ser acolhedor e receber o alheio de braços abertos. Pois ele necessita, assim como todos nós, de afeto e carinho.
            O próximo não tem culpa das nossas derrotas ou perdas. É esportivo respeitarmos a ele, e, vermos em seu semblante a face de um irmão.
            A vida se concretiza na mais alta performance quando nós nos reunimos para festejar o milagre, o milagre que fez com que o homem manifestasse dentro de si, a vasta necessidade de viver e sorrir.
            Que nunca deixemos de comemorar a felicidade que habita nossos corações.
Ninguém é capaz de limitar os sentimentos, nem de acabar com eles. Não somos capazes de saber até onde o amor suporta, e relatamos, às vezes, que ele é para sempre. E quando ajoelhar-se diante do carinho, a alma não será capaz de suportar o ódio e fará com que a vida multiplique a tristeza sem que haja divisão de solenidade e virtude.
            A vontade é quem suporta o medo e nos transporta para uma dimensão onde existe a paz e a serenidade para que a vida faça um pouco mais de sentido.
Ninguém é capaz de limitar os sentimentos, nem de acabar com eles. Não somos capazes de saber até onde o amor suporta, e relatamos, às vezes, que ele é para sempre. E quando ajoelhar-se diante do carinho, a alma não será capaz de suportar o ódio e fará com que a vida multiplique a tristeza sem que haja divisão de solenidade e virtude.
            A vontade é quem suporta o medo e nos transporta para uma dimensão onde existe a paz e a serenidade para que a vida faça um pouco mais de sentido.
O homem de aventuras amorosas se dá ao luxo de sorrir sempre quando está no clímax do momento. Esquecendo que o prazer é curto e consequentemente fajuto quando termina, ele, após tantos acontecimentos envolvendo “amores” tem a carência entronizada em seu coração, causando rumores de solidão. E quanto mais ama sem amar, mais triste o homem...

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Às vezes o que a vida nos proporciona não é o suficiente para completar aquilo que nos deixa entusiasmados. De vez em quando vem aquela tristeza no coração e a gente desconhece a sua origem ou por que ela veio.
         Pensamos em nosso passado, na distância que estamos dele e qualquer detalhe nos faz lembrar o quanto o tempo passou. É neste momento qum vem o aperto no peito que chega a sufocar. Ficamos entristecidos em alguns momentos e em outros, o riso traz um pouco de paz, mas logo as lágrimas se tornam nosso campo de lembranças.
         A vida também nos mostra surpresas inesquecíveis, cuja elas, enrugam nossa face e traz euforia e felicidade. Há casos em que nós nos surpreendrmos com tanta voracidade, que nossa índole se magoa e a tristeza toma conta de tudo, fazendo com que o arrependimento e a realidade se entronizem causando uma revolução em nossa mente.
         Lembrar e sorrir, lembrar e chorar... Lembramos da vida passada, da nossa infância inesquecível, quando nada nos fazia tristes, não existiam amores, paixões ou decepções que nos colocassem num poço profundo sem que pudéssemos ter forças para sair. Aquela época em que tudo era brincar, sem ter responsabilidades, ser dono apenas de nossos brinquedos. Quando amanhecia era uma brincadeira, à tarde sorrisos e à noite dormir com a mente tranquila, eufôricos para amanhecer e começar tudo de novo. Parecia até um pouco monótono demais e falávamos em crescer logo não para ser somente adultos, mas para lembrar da infância...
Quando a necessidade de afeto chega ao seu clímax, o desejo se torna um tormento para o coração. As divergências entre o afeto e a sutileza de sorrir, afeta principalmente as mentes mais vulneráveis ao caos. E na arte de se sobressair, vence aquele que da vida tira a sabedoria de viver nos momentos certos. E quando a tristeza tenta o abater, mergulha na paciência e na virtude de respirar fundo e ollhar para frente sem ao menos derramar uma gota de lágrima por derramar.
Entristece-te paranóia fala devaneia
Que te sentes só, ermo ao mundo
Paira soberana alma ao fundo
Como baixo rumor que pranteia

Vem em si a consciência torta
Maltratado pela existência abandonada
Dos muitos que são fadas
Por tua lama agora morta

Perânte à existencia escondida
Almeja um ser singelo
Mas lhano com tua vida

Vem então efêmero, o fim
Benevolência ao redor popular
Parte a virtude ostentada assim...

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Cartas espalhadas

Cartas espalhadas, adormecidas e tangidas pelo tempo. Quantos versos contidos nelas! Versos estranhos, impuros, versos empoeirados pelo fascínio de serem lidos e despidos no futuro.
            Ah! Quantas linhas traçadas pelos olhos fitos no horizonte, mesmo sem verem. As mãos teciam cada letra, cada detalhe, traçando índoles e almejos. Nossa! Que saudade... Que aperto no peito, este só, sem calor alheio, imaginava e discorria, mandando na mente e nas mãos, as que tanto foram testemunhas da angústia aguda daquele que é o centro das emoções. As canções, todas elas. Todas aquelas que se faz perder a linha da razão deixando a sensibilidade mórbida, sem reta, perdida num caminho de horizontes infinitos.
            Hoje as recordações transmitem lágrimas, transmitem desejos, arrependimentos, risos... Ah! Os risos! Quantos foram eles...
            Os sonhos deliciam-se da loucura da vida e o passado é uma ilusão real, triste e sublime.
Embora nossas mentes insistem em viver o presente, não há o que fazer quando surge do nada as velhas lembrança do tempo de criança, dos grandes momentos; instantes vividos com prazer, alegria. Às vezes, nos vêm à tona pensamentos inexplicáveis, sensações incontroláveis. Cenas do passado que insistem em reaparecer, e aquelas que jamais esqueceremos. O primeiro grande amor, na época, o único. As inexperiências, as falas, que hoje, sentimos vergonha de dizer, mas foram ditas, sem pensar, sem medo ou pudor.
Os grandes amigos, alguns até hoje prevalecem, outros tão pouco reconhecemos.
A vida nos proporciona caminhos alternativos, cada um de nós seguimos aquele mais benéfico. E enquanto caminhamos, nunca podemos esquecer o passado, a origem de tudo, os amores, os risos, as alegrias, os amigos... só assim a vida se completa.

Abria as portas do mundo
Diante os olhos o céu azul
Em meio ao fundo
Corava o amanhecer

Fechavam-se as portas do horizonte
Tudo extremo, vazio, longe
Descia do topo do pico mais alto
E contemplava o ato

Mergulhava nos distúrbios ermos
Chorava lágrimas de sonho
Sonhava, sonho, sonho

Ao longe via assim
Distante do semblante que almeja
E perto demais, do fim

Natureza

Natureza
                                              

Eu que faço parte até de teu corpo
Tudo que sou, és que explora
Embelezo tuas manhãs, o céu, teu rosto
Presta-te que esta voz te implora

Padeço da sorte, imóvel
Dependo da vontade alheia
Bondade dissolúvel
Tens-me água que pranteia

Permaneço só no mundo
Tua casa, teu lar
O que sonha, teu tudo

Sobrevives de mim
Breve chegará o meu
O teu fim

Trecho de O homen que imaginava

                 Quando pensou em voltar percebeu que para onde quer que fosse não conseguiria fugir a si próprio. Sua alegria ele a via se esvair como água por entre os dedos. Suas emoções confundiam-se, tudo começou a girar enlouquecidamente em sua cabeça.
                O tempo, a paisagem, o seu redor, tudo misturava num carrossel de cores translucidas e paralisantes... Sentou-se perplexo, sem entender o que estava havendo consigo. Hesitou em abrir os olhos e manteve-se imóvel e torpe. Precisava de algum alento capaz de inibir tanta sensibilidade, tanto mistura de sentimento.

Apenas

              
Apenas

Queria poder ter o privilegio de cativar o olhar desconhecido
Mergulhar na imensidão do coração
Mover um pedaço do seu mundo
E conquistar as vitórias que me fariam bem

Queria ousar falar não
Dizer sim nas horas improváveis
Gritar diante o silêncio
E silenciar o caos dos pensamentos...

                                                          
Olhar no fundo dos pensamentos
Dizer as frases perfeitas
Tocar com o carinho preciso...

Sinto falta dos abraços e beijos imaginados
Das palavras não ditas
Dos risos, delírios e planos conjuntos ....

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Quieto

Não falo de amor
Não falo de paixão
Nem de flores 
Ou ao menos desse desejo

Digo palavras apenas
Expressões avulsas
Sem nexo ou fim           
Falo simplesmente

Porque existe tanto para se dizer
Um turbilhão de vozes presas
Entupindo as vias por onde saem
Entorpecidas de almejos, as frases       

Mas poupo-me dessa angústia
Passo a vez aos que falam e falam e falam        
De pronto, somente sinto, torço e clamo calado
Falando em pensamento escrito
Simplesmente não me vejo no espelho
Não sinto minha pele quando a toco
Não vejo o horizonte flamejante
Não percebo a moldura do meu coração

Atravesso meus pensamentos
Pisando louco em seus flancos
Nacos de emoções entropecem-me de vazio

Não há angústia, tristeza ou esperança
Existe um oco sem fim dentro do peito
Um buraco sem dimensão de conhecimento

Os transtornos, todos eles findaram
A sensibilidade do vento no rosto, esvaiu-se
A dor, essa, foi-se
Caminhou perdida por entre os olhos
Que não podem mais sentir 
O belo azul que compõe o céu

O mundo não é mais habitável
E a maior das torturas
É a vida, a vida, que continua...