O tempo simplesmente
O infinito como dedução ilógica
O amor sem o consentimento de ser
O mundo diante olhos escancarados de sede
A soma de formas
A tentativa de poder ser
A loucura como base satisfatória
A forma de sonhar em pequenos desfechos
E o desejo demente de explodir tudo em migalhas
E a vontade misteriosa de amar o nada
E diante o semblante?
Amar já não significa tanto agora
O tempo esvaiu-se
A vida acabou.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Mais um dia
Mais um dia
É manhã, mais um dia que inicia
Será longo esse dia
Fatos do cotidiano, impuro talvez
Não, não obstante é essa vida
Vaga, iluminada, torpe tensa
Retratos de loucuras insaciáveis
Muitas delas bobas loucas extremosas
De tópicos exóticos sabores
Ah! Esse viver contínuo e relâmpago como luz ofuscante
Traduz toda falha dessa escultura
Essa vida não é mais como outras, andantes
Outras obras do tempo de elmos e belos castelos
Essa é como as abstratas
Mesclam ondas e ondas tontas
Giros alongados, loucos, alargados
O futurismo de cabeça alada virada
Mãos pés rostos sonhos sons
Queda...
Passos aqui passos largos rápidos tortos
Mil deles sob comando, parados, estáticos
Dedos telas teclas tons tantos tab
Cedo sono sonho sonso
Ruas roncos riscos trens carros
Na cabeça pressa, logo, lado atrás, atraso.
E o trabalho: tato tanto triste tenso tá.
Mais um dia quente de pé, sentado, fado...
E a vida vai...
Espreme-se delira deleita deita descansa mais e mais
Roda reclama ama chama
E vai...
E a vida vai
Renasce jubilosa entre farelos
Entre delírios e ais
Entre a boca triturante do tempo
O tempo de agora
O hoje: mesmo, igual, só, afora
A vida mostra sua força
Mostra sua fragilidade
Sempre se mostra
Aparece simples, suprema e bárbara
E diante os cacos da mesmice
A vida vai...
E vai a vida
A emoção acabou
Foi-se com a noite
A noite se esvaiu longe longe
Alívio ao nascer do sol?
Ou a tragédia de mais um dia?
O dia traz alegria, pesadelo, choro
Traz o mundo, traz a vida
É manhã, mais um dia que inicia
Será longo esse dia
Fatos do cotidiano, impuro talvez
Não, não obstante é essa vida
Vaga, iluminada, torpe tensa
Retratos de loucuras insaciáveis
Muitas delas bobas loucas extremosas
De tópicos exóticos sabores
Ah! Esse viver contínuo e relâmpago como luz ofuscante
Traduz toda falha dessa escultura
Essa vida não é mais como outras, andantes
Outras obras do tempo de elmos e belos castelos
Essa é como as abstratas
Mesclam ondas e ondas tontas
Giros alongados, loucos, alargados
O futurismo de cabeça alada virada
Mãos pés rostos sonhos sons
Queda...
Passos aqui passos largos rápidos tortos
Mil deles sob comando, parados, estáticos
Dedos telas teclas tons tantos tab
Cedo sono sonho sonso
Ruas roncos riscos trens carros
Na cabeça pressa, logo, lado atrás, atraso.
E o trabalho: tato tanto triste tenso tá.
Mais um dia quente de pé, sentado, fado...
E a vida vai...
Espreme-se delira deleita deita descansa mais e mais
Roda reclama ama chama
E vai...
E a vida vai
Renasce jubilosa entre farelos
Entre delírios e ais
Entre a boca triturante do tempo
O tempo de agora
O hoje: mesmo, igual, só, afora
A vida mostra sua força
Mostra sua fragilidade
Sempre se mostra
Aparece simples, suprema e bárbara
E diante os cacos da mesmice
A vida vai...
E vai a vida
A emoção acabou
Foi-se com a noite
A noite se esvaiu longe longe
Alívio ao nascer do sol?
Ou a tragédia de mais um dia?
O dia traz alegria, pesadelo, choro
Traz o mundo, traz a vida
A pena do seu nascer
O dia não é mais aquele
Aquele... aquele do fim do sol
Da noite passada, de ontem
É mais um, só mais um...
Mais um dia... um...
Apenas...
terça-feira, 24 de agosto de 2010
E se o homem pudesse ver além de sua visão, além de onde os seus olhos podem alcançar? Seria preciso muito equilíbrio de sua mente para manter-se frio e observar o que há depois do horizonte, para enxergar que o infinito é apenas o início. Algo tão grandioso e intangível que sua razão poderá se esvair. Até que ponto ele chegaria? O que seria dele quando voltasse? Suportaria ainda esse mundo?
A roda da vida gira enlouquecida, como se o mundo fosse uma grande reta e lá no final existisse algo tão maravilhoso, tão esplendido, que palavra nenhuma conseguiria descrever tanta beleza.
As mutações todas que ocorrem em nossa trajetória traduzem cada detalhe dessa beleza, pois é através dos gestos e dos sentimentos que conseguimos entender sentindo e não ouvindo, os adjetivos dessa alegria exuberante: viver.
As mutações todas que ocorrem em nossa trajetória traduzem cada detalhe dessa beleza, pois é através dos gestos e dos sentimentos que conseguimos entender sentindo e não ouvindo, os adjetivos dessa alegria exuberante: viver.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Penso que este corpo que aqui se esmera pelo mundo seja uma prisão. Não falo de simples prisão, mas de uma em que podemos enveredar pensamentos bons, ou apenas devaneios insuportáveis. O mundo se esvai por entre os dedos, o mundo ao qual chamamos vida. Ah! Essa vida imprecisa, repleta de anseios e loucuras destruidores de prazeres os quais talvez nem desejamos e que acontecem com uma simplicidade tão eloqüente, tão doce.
Nós
O ser humano se prende a si mesmo no intuito, é claro, de acertar sempre. O homem se posta de tal forma para tentar sobreviver, para tentar se manter ou simplesmente para sentir e não percebe que todos somos medíocres, ridículos. Para o ser humano o mundo nunca será suficiente, a ganância, a miséria de sentimentos, a loucura por poder, transforma-nos em seres desprezíveis. Ressalto aqui a prisão de nossa alma: a condição de ser humano.
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Quem se Habilita?
Quem se habilita a comentar sobre a vida;
Mas um comentário inovador que calasse as dúvidas e anseios;
Um comentário que registraria como realmente é a vida;
As emoções que sentimos, o desejo insaciável de sentir;
Os almejos eloqüentes do ego, o subconsciente insano,
De uma loucura externa;
Um comentário que faria abalar a mente,
Que explorasse o que há dentro de cada, mas de cada palavra.
Cada sílaba que traduzisse piamente
O que é sentido naquele mesmo instante...
Ah! Seria muito complicado,
Eu diria impossível!
Não existem palavras para expressar qualquer sentimento,
Qualquer razão.
O valor verdadeiramente aceito
Simplesmente é abstrato.
O que traduz a sensibilidade é o silêncio,
São as lágrimas, o suspiro profundo...
Mas um comentário inovador que calasse as dúvidas e anseios;
Um comentário que registraria como realmente é a vida;
As emoções que sentimos, o desejo insaciável de sentir;
Os almejos eloqüentes do ego, o subconsciente insano,
De uma loucura externa;
Um comentário que faria abalar a mente,
Que explorasse o que há dentro de cada, mas de cada palavra.
Cada sílaba que traduzisse piamente
O que é sentido naquele mesmo instante...
Ah! Seria muito complicado,
Eu diria impossível!
Não existem palavras para expressar qualquer sentimento,
Qualquer razão.
O valor verdadeiramente aceito
Simplesmente é abstrato.
O que traduz a sensibilidade é o silêncio,
São as lágrimas, o suspiro profundo...
Saudade Improvisa
Ah! a saudade me transporta para um mundo passado
Leva-me torpe, sem destino ou rumo
Quando alcanço o limite da ilusão;
Os delírios aludem-me em profundo
Entre o caos ruidoso da multidão:
Um grito,
Um grito gerado pelo silêncio acumulado,
Pelo silêncio gritante e sonoro das vias sombrias
Dadas às causas devaneias e incertas dos meus ais...
Ah! quanto tempo se passou, quanto tempo...
Morte das horas intermináveis
Outras que penosamente se rastejavam
Um tom solene de silêncio apurava
E diante de mim, o escuro futuro incerto
A mente e o corpo em caminhos opostos
Duelam frios, acabrunhando o passar das horas
Quero voltar, não para o passado,
Não para o antes de ontem, mas voltar...
Voltar para o preciso momento do sim, do não,
Na hora exata em que ouvi a primeira palavra, senti o primeiro toque...
O medo desconcertante,
ao pudor trêmulo e inconstante...
Voltar não apenas no vago olhar da despedida, não...
Mas... no primeiro instante dos cala frios
Dos tremores... dos rumores...
Ah! O primeiro beijo...
Que começa com um risinho sem graça,
Um virar de rosto infantil... e logo as bocas se calam...
Aproximam-se, distanciam-se, e jogam-se...
Quero tocar, pelo menos, com as pontas...
Os detalhes das pontas... as pontas dos dedos
Naquilo não tido, não chorado
Tocado... tocado... tocado...
No estremecer do instante
Na hora exata da ebulição dos sentidos
No momento preciso da explosão do sangue
E deleitar tudo novamente em doses longas e rastejantes...
Oh! Vida sem regresso
Quanto do seu tempo ainda resta
Para saciar o oceano de lágrimas
Derrubadas num só instante de loucura e saudade...
Meus queridos sonhos delirantes
Distantes do poder de alcançar o cume;
O topo longínquo e incerto do coração
E do sentimento posto à prova da resistência...
Leva-me torpe, sem destino ou rumo
Quando alcanço o limite da ilusão;
Os delírios aludem-me em profundo
Entre o caos ruidoso da multidão:
Um grito,
Um grito gerado pelo silêncio acumulado,
Pelo silêncio gritante e sonoro das vias sombrias
Dadas às causas devaneias e incertas dos meus ais...
Ah! quanto tempo se passou, quanto tempo...
Morte das horas intermináveis
Outras que penosamente se rastejavam
Um tom solene de silêncio apurava
E diante de mim, o escuro futuro incerto
A mente e o corpo em caminhos opostos
Duelam frios, acabrunhando o passar das horas
Quero voltar, não para o passado,
Não para o antes de ontem, mas voltar...
Voltar para o preciso momento do sim, do não,
Na hora exata em que ouvi a primeira palavra, senti o primeiro toque...
O medo desconcertante,
ao pudor trêmulo e inconstante...
Voltar não apenas no vago olhar da despedida, não...
Mas... no primeiro instante dos cala frios
Dos tremores... dos rumores...
Ah! O primeiro beijo...
Que começa com um risinho sem graça,
Um virar de rosto infantil... e logo as bocas se calam...
Aproximam-se, distanciam-se, e jogam-se...
Quero tocar, pelo menos, com as pontas...
Os detalhes das pontas... as pontas dos dedos
Naquilo não tido, não chorado
Tocado... tocado... tocado...
No estremecer do instante
Na hora exata da ebulição dos sentidos
No momento preciso da explosão do sangue
E deleitar tudo novamente em doses longas e rastejantes...
Oh! Vida sem regresso
Quanto do seu tempo ainda resta
Para saciar o oceano de lágrimas
Derrubadas num só instante de loucura e saudade...
Meus queridos sonhos delirantes
Distantes do poder de alcançar o cume;
O topo longínquo e incerto do coração
E do sentimento posto à prova da resistência...
Falas
O tempo simplesmente
O infinito como dedução ilógica
O amor sem o consentimento de ser
O mundo diante olhos escancarados de sede
A soma de formas
A tentativa de poder ser
A loucura como base satisfatória
A forma de sonhar em pequenos desfechos
E o desejo demente de explodir tudo em migalhas
E a vontade misteriosa de amar o nada
E diante o semblante?
Amar já não significa tanto agora
O tempo esvaiu-se
A vida acabou.
O infinito como dedução ilógica
O amor sem o consentimento de ser
O mundo diante olhos escancarados de sede
A soma de formas
A tentativa de poder ser
A loucura como base satisfatória
A forma de sonhar em pequenos desfechos
E o desejo demente de explodir tudo em migalhas
E a vontade misteriosa de amar o nada
E diante o semblante?
Amar já não significa tanto agora
O tempo esvaiu-se
A vida acabou.
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Inúmeras peripécias,
Infinitas lamentações,
Arrependimentos...
Eu queria ser um vírus
Uma bactéria de mim mesmo
Penetrar em minha mente
E desligar os fios de minha consciência
Viajar nos meus pensamentos,
Não nos devaneios,
Mas nos fluxos de minhas razões
E sabotar o meu feitio.
Desligar-me da realidade,
Fazer-me fluir sem pensar,
Agir pela instantaneidade
E não pensar nas conseqüências.
Evaporar de mim a espera,
Essa que nos faz desacreditar do mundo,
Esvair-me de qualquer remorso,
Deixar de crer que o homem,
É um ser medíocre, vazio, torpe.
Oposto
É como de tudo movesse ao contrario do que se espera
para o lado oposto
oposto à razão, inerte, torpe, oco
A espera masca as carnes
Desaparta o sangue frio
Destrói os caminhos
Essa demora incontrolável
Provoca náuseas
A mente ultrapassa o reconhecível
Delírios e alucinações desafiam a lógica
Eis então, estúpida, a realidade
Tantos sonhos em vão
Esperanças infundadas
E a certeza se esvaindo Por entre os dedos
A busca insaciável é quebrada, destruída
Como folha seca no outono
A ilusão de uma verdade
É estourada como bolhas de cachoeira
Essa agulha pontiaguda, destruidora de planos e sonhos,
Essa coisa nociva, margem, limite e abismo: teu não
para o lado oposto
oposto à razão, inerte, torpe, oco
A espera masca as carnes
Desaparta o sangue frio
Destrói os caminhos
Essa demora incontrolável
Provoca náuseas
A mente ultrapassa o reconhecível
Delírios e alucinações desafiam a lógica
Eis então, estúpida, a realidade
Tantos sonhos em vão
Esperanças infundadas
E a certeza se esvaindo Por entre os dedos
A busca insaciável é quebrada, destruída
Como folha seca no outono
A ilusão de uma verdade
É estourada como bolhas de cachoeira
Essa agulha pontiaguda, destruidora de planos e sonhos,
Essa coisa nociva, margem, limite e abismo: teu não
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