sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Quieto

Não falo de amor
Não falo de paixão
Nem de flores 
Ou ao menos desse desejo

Digo palavras apenas
Expressões avulsas
Sem nexo ou fim           
Falo simplesmente

Porque existe tanto para se dizer
Um turbilhão de vozes presas
Entupindo as vias por onde saem
Entorpecidas de almejos, as frases       

Mas poupo-me dessa angústia
Passo a vez aos que falam e falam e falam        
De pronto, somente sinto, torço e clamo calado
Falando em pensamento escrito

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