terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Rua


Rua

Ali ao relento
Deitado, coberto pelo vento
Feliz ou triste          
Sonha, chora, sofre

Quando o sufoco da noite
Chega enfim
Mais uma manhã vazia
De afeto e amor que não ouvia

O café da manhã
Feito com pão de papel
E o leite sujo das ruas
Com café das trevas

Só serve à mídia
Como fato e notícia
‘Olha mais um roubando!´
Descartado às trevas da rua
Sem fim de semana
Sem pra ti uma chama

Tendo como humor
O riso furado
Que quer ser perdoado...

Quando a noite vem
Tem o teto estrelado
A lua, o globo central
Seu corpo não é notícia de jornal

Sobre tudo uma paz a buscar
O único remédio ao ódio
Dos males é se drogar.

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