quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Olhos perdidos

Olhos perdidos

Então a necessidade se refaz
Percorrendo vias intangíveis.
Eu, na moldura oscilante,
Permaneço.
Vibrando numa frequência inalcançável...
E tudo ao meu redor rui.

Ando sem direção,
Sem saída,
Sem sentir,
Apenas ando...

Triste de ficar estático,
Rumo ao difuso,
Porém sujo de um não sei quê de ódio,
Sentimentos confusos
Contrastando com o horizonte,
Sumo aos olhos que me observam.

Tenho à frente um luar.
A noite é minha ajudante,
Mas me castiga sem questionar...
Trago seus ares negros.
Expiro desejos incontroláveis.

A volta é triunfante:
Olhar para trás me dói,
Tendo no peito um abismo de emoções,
Respiro fundo e me vou.

Mas que caminho seguir?
Sem direção, eu volto.
Permaneço novamente em busca de mim:
Onde estou.
Quando estou.
Quem sou.
O que fazer.
Para onde vou...
Simplesmente lhe tenho nos olhos...


Valdomiro Maria

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