Olhar
fixo no horizonte
Quando cessa o sonho,
Vem a necessidade de expelir
Toda forma de sentir, de se ter apreço.
Não há o que esperar da inércia.
Da forma de sentir,
de manter o desejo,
De sufocar o momento insuficientemente sem ternura.
Olhar para o lado e notar as formas,
Como são as coisas, profundamente no horizonte:
É ver um ponto de saída,
Voar em direção e prender-se
Devoto a qualquer motivo para sentir alívio
Isso tudo escapa-se no instante
Em que nada parece real
Porque a realidade é mortalmente insuportável
Aos corações sonhadores de vida.
Valdomiro Maria
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