segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013


Que tem a lua num calabouço claro
Esperando lá um luar sereno
Despindo-se das áureas
Envolta num manto vazio
Oco de emoções, encoberto de sonhos

Esse luar não se mostra
Apaga frente à escuridão
Clama pela luz esvaída
Só, entre grades mórbidas, pranteia

Cada gota de chuva expelida
Torna-se um dilúvio
E os sentimentos pungentes entre maremotos
Prendem-se tortuosos
Nos braços de uma saudade
Pois a sensibilidade
Dilui-se com a noite...

                                                           Valdomiro Maria

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